Quando os
exploradores espanhóis, no Século XVI, chegaram até o litoral do que hoje seria
o Equador, perceberam que os índios nativos usavam uma chapéu muito parecido com as “tocas” usadas por freiras e viúvas, e
daí, chamaram o tal chapéu de toquillas
e a palha usada para fazer as suas tranças também foi rapidamente chamada de palha toquilla.
Os espanhóis
usaram a mão de obra dos índios tecelões para trançar chapéus conforme a Moda Européia,
da época e já no século XVII, chamaram uma região que abrigava os artesãos mais
experientes de Montecristi.
A fama
destes chapéus leves, se espalhou pela Europa e no século XVIII, o Rei Carlos IV, de Espanha, encomendou
vários chapéus para sua mulher, a Rainha Ludovica. Os botânicos e estudiosos da
época, perceberam que a palmeira que produz a palha para a confecção destes chapéus,
é cultivada somente na região do Equador e se desenvolve de 100 a 400 metros de
altitute. A partir de então, determinou-se que o nome desta planta seria Carludovica Palmeta, em honra aos
reis, que consumiam a produção de chapéus de palha toquilla.
Em 1836, o
Equador se tornou independente da Espanha e um espanhol chamado Manuel Alfaro, instalou
a primeira facção industrial, investindo em plantações próprias e admitindo
artesãos de Montecristi para a produção que era em grande parte vendida no Panamá
.
A partir de
1845, a província andina de Cuenca
resolveu instalar uma fábrica de chapéus. Verdadeiramente inovando, contratou
artesãos de Montecristi para ensinar a trama para quem quisesse aprender, utilizou
a palha mais grossa, para que as peças fossem produzidas mais rapidamente,
inventou formas de madeira, ferramentas e um processo de clareamento da palha.
Inciou-se assim uma atividade que foi a maior geradora de divisas para toda a
região.
Por volta de
1848, houve o que se chamou de Febre
do Ouro, com a corrida de todos para a Califórnia. O caminho mais
próximo era o ístmo do Panamá, onde os trabalhadores compravam os tais chapéus
que foram largamente divulgados como Panamá Hat. Eloy Alfaro, filho de Manuel
Alfaro, aumentou os negócios da família , em 1850 exportava milhares de chapéus
ao Panamá e se tornou, também, presidente deste país.
Em Paris,1855
uma feira internacional, teve os chapéus de palha
toquilla expostos por um francês, que vivia no Equador. E, por não
haver nenhum expositor deste país nesta Feira, os chapéus foram comercializados
como Chapéus do Panamá e assim
fizeram parte da Moda francesa, sendo usados até por seu Imperador, Napoleão
III.
A moda
francesa adotou o Panamá Hat.
As exportações continuaram crescendo para os Estados Unidos, Europa, África do
Sul e Cuba, que importava quantidades imensas
para seus trabalhadores nas culturas de açúcar e tabaco. A Guerra também
fez com que muitos combatentes se protegessem do sol com os chapéus do Panamá,
o que também fez a produção crescer assustadoramente.
Em 1906,
quando da construção do Canal do Panamá, os trabalhadores usavam os mesmos
chapéus que os índios e locais usavam e difundiram esta moda nos Estados Unidos
que se consolidou ainda mais, quando o Presidente Roosevelt apareceu divulgando
as obras do canal, usando um Panamá Hat.
Em 1944,
desacelerou-se a exportação de cacau, no Equador e o maior item de exportação
se tornou o Chapéu de palha toquilla,
que deve sua popularização também porque os astros de Hollywood usavam este
chapéu dentro e fora das telas. Filmes como Casablanca
e E o ventou levou, divulgaram
bastante a moda deste chapéu.
Em 2010 a
TEOR traz para sua coleção inovadora de chapéus, os famosos Panamás legítimos,
com preços mais acessíveis, formas diferenciadas e muitas cores. Informando os
novos conceitos de uso, como adaptar os tamanhos, como decorar
seus Panamás . Como conservar seu chapéu, jamais segurando-o na copa, apenas
manuseando a aba, fazem com que cada novo usuário de chapéu se encante com
nossas coleções e informações de Moda.
Neste Verão,
em 2012 a nova coleção traz Panamás femininos alvejados, macios como seda para
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