17 dezembro 2012

A História do Chapéu Panamá




Quando os exploradores espanhóis, no Século XVI, chegaram até o litoral do que hoje seria o Equador, perceberam que os índios  nativos  usavam uma chapéu muito parecido  com as “tocas” usadas por freiras e viúvas, e daí, chamaram o tal chapéu de toquillas e a palha usada para fazer as suas tranças também foi rapidamente chamada de palha toquilla.
 

Os espanhóis usaram a mão de obra dos índios tecelões para trançar chapéus conforme a Moda Européia, da época e já no século XVII, chamaram uma região que abrigava os artesãos mais experientes  de Montecristi.

A fama destes chapéus leves, se espalhou pela Europa e no século XVIII,  o Rei Carlos IV, de Espanha, encomendou vários chapéus para sua mulher, a Rainha Ludovica. Os botânicos e estudiosos da época, perceberam que a palmeira que produz a palha para a confecção destes chapéus, é cultivada somente na região do Equador e se desenvolve de 100 a 400 metros de altitute. A partir de então, determinou-se que o nome desta planta seria Carludovica Palmeta, em honra aos reis, que consumiam a produção de chapéus de palha toquilla.

Em 1836, o Equador se tornou independente da Espanha e um espanhol chamado Manuel Alfaro, instalou a primeira facção industrial, investindo em plantações próprias e admitindo artesãos de Montecristi para a produção que era em grande parte vendida no Panamá .
 

A partir de 1845, a província andina  de Cuenca resolveu instalar uma fábrica de chapéus. Verdadeiramente inovando, contratou artesãos de Montecristi para ensinar a trama para quem quisesse aprender, utilizou a palha mais grossa, para que as peças fossem produzidas mais rapidamente, inventou formas de madeira, ferramentas  e um processo de clareamento da palha. Inciou-se assim uma atividade que foi a maior geradora de divisas para toda a região.

Por volta de 1848, houve o que se chamou de Febre do Ouro, com a corrida de todos para a Califórnia. O caminho mais próximo era o ístmo do Panamá, onde os trabalhadores compravam os tais chapéus que foram largamente divulgados como Panamá Hat. Eloy Alfaro, filho de Manuel Alfaro, aumentou os negócios da família , em 1850 exportava milhares de chapéus ao Panamá e se tornou, também, presidente deste país.


Em Paris,1855 uma feira internacional, teve os chapéus de palha toquilla expostos por um francês, que vivia no Equador. E, por não haver nenhum expositor deste país nesta Feira, os chapéus foram comercializados como Chapéus do Panamá e assim fizeram parte da Moda francesa, sendo usados até por seu Imperador, Napoleão III.

A moda francesa adotou o Panamá Hat. As exportações continuaram crescendo para os Estados Unidos, Europa, África do Sul e Cuba, que importava quantidades imensas  para seus trabalhadores nas culturas de açúcar e tabaco. A Guerra também fez com que muitos combatentes se protegessem do sol com os chapéus do Panamá, o que também fez a produção crescer assustadoramente.

Em 1906, quando da construção do Canal do Panamá, os trabalhadores usavam os mesmos chapéus que os índios e locais usavam e difundiram esta moda nos Estados Unidos que se consolidou ainda mais, quando o Presidente Roosevelt apareceu divulgando as obras do canal, usando um Panamá Hat.

Em 1944, desacelerou-se a exportação de cacau, no Equador e o maior item de exportação se tornou o Chapéu de palha toquilla, que deve sua popularização também porque os astros de Hollywood usavam este chapéu dentro e fora das telas. Filmes como Casablanca e E o ventou levou, divulgaram bastante a moda deste chapéu.

Em 2010 a TEOR traz para sua coleção inovadora de chapéus, os famosos Panamás legítimos, com preços mais acessíveis, formas diferenciadas e muitas cores. Informando os novos conceitos   de uso, como adaptar os tamanhos, como decorar seus Panamás . Como conservar seu chapéu, jamais segurando-o na copa, apenas manuseando a aba, fazem com que cada novo usuário de chapéu se encante com nossas coleções e informações de Moda.

Neste Verão, em 2012 a nova coleção traz Panamás femininos alvejados, macios como seda para tornar seu conforto ao sol cada vez maior.

                  Feliz Panamá Novo para todos vocês

 


 
 

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